sábado, maio 31, 2008

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Quando fazes isto devolves-me a impressão de estar, de repente, num espaço sem luz, cheio de coisas, atulhado de coisas
.......tropeçando nos próprios sapatos, agora gigantes
.......onde me abafa a escuridão.
Não vejo mas sei que existe tudo o que lá está, ampliado, disforme, a avançar, a tolher-me
.......e as mãos a estranharem de repente a distância das coisas que os braços pretendiam mais perto.
E tudo se inverte e está de novo por cima, a esmagar-me, a introduzir-me e a atravessar-me. E suspendo
.......e o espaço comigo dilata, mostra o buraco, o negro denso das coisas de antes que perscruto no vazio e coligo na minha cegueira.

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