quarta-feira, dezembro 31, 2008

[Lomoshot]



"Vem.
Adormece encostada a este braço
Mais débil do que o teu.
Entrega-te despida
Nas mãos de um homem solitário
Que a maldição não deixa
Que possa nem sequer lutar por ti.
Vem,
Sem que eu te chame, ou te prometa a vida.
E sente que ninguém
No descampado deste mundo, tem
A alma mais guardada e protegida."




Miguel Torga in Poesia Completa

domingo, dezembro 21, 2008


Convém cultivar com coragem a intrepidez na raiz do pensamento: que cada um se coloque diante de si energicamente como diante dum estrangeiro e quando atingir o limite do suportável, o momento em que é preciso tomar uma decisão total, então compreenderá que a situação limite que conduz ao crime é a insuportabilidade da traição. Dormitam em todo o homem estas faculdades.
Ana Hatherly, in 'Tisanas'

quinta-feira, dezembro 18, 2008

TEAMOTE

quarta-feira, dezembro 17, 2008

aos dezassete dias
do mês de dezembro
do ano de dois mil e oito

domingo, dezembro 14, 2008


Blue moon, now I'm no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own

Lorenz Hart, Richard Rodgers

sábado, dezembro 13, 2008

.

DE CEUTA A TOMADA

.....

Numa pétala de sono insolente

Os teus pés ainda dançam

Vão andando assim tão delicados

Pelo dia adolescente

Dedo a dedo doces

Ai, a graça do amor!

Já não vou trabalhar...

.....

Dão um traço bem preciso

Ao sorriso que preenche

Todo o vasto espaço

Todo o dia e toda a noite

.....

Esse teu rosto é o meu dilema

(J.P.Simões)

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Giant steps are what you take

WALKING ON THE MOON

quarta-feira, novembro 26, 2008

(em qualquer lado há sempre quem espere)

Estragon - Nada a fazer.

Vladimir - Começo a ter a mesma opinião.

(....)

Estragon - Vamo-nos embora daqui.

Vladimir - Não podemos.

Estragon - Porquê?

Vladimir - Estamos à espera de Godot.

Estragon - Ah, é verdade!

terça-feira, novembro 25, 2008

A VADIAR COMO UM GATO

Tomar à esquerda a Rua de São Paulo e descer até à Rua da Paz subi-la para depois voltar a descer até à de Padre Cruz e percorrê-la até ao Largo Alexandre Sá Pinto apanhando então a Rua da Torrinha no sentido ascendente até à da Boa Hora tomada à direita até à Rua do Rosário e aí caminhar a direito..........sem tempo.
Porto, 23 de Novembro de 2008

segunda-feira, novembro 24, 2008

"As Bacantes" de Eurípides
encenação Rui Madeira
produção CTB
"Ó tu, de entre os homens o mais caro – embora já não existas,
entre os mais caros me são te contarei, ó filho –
já não virás mais acariciar o meu queixo com a tua mão,
nem me estreitarás, chamando-me o pai de tua mãe, ó filho,
e dizendo: “Quem te ofende, quem te despreza, ó ancião?
Quem te aflige e perturba o coração?
Diz, para eu punir quem te maltrata, ó pai!”
Um desgraçado agora sou, e um desventurado és tu também,
infortunada a tua mãe e as suas irmãs desventuradas!
Se existe alguém que aos deuses despreze,
esta morte considere e nos mortais creia."

quinta-feira, novembro 20, 2008

"As Bacantes" de Eurípides
encenação Rui Madeira
produção CTB
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sábado, novembro 15, 2008

adereço de cena: a cabeça de Penteu
"As Bacantes" de Eurípides
encenação Rui Madeira
produção CTB
suor e fantasia

sexta-feira, novembro 07, 2008

[Reclining Woman with Green Stockings de Egon Shiele]


[Femme se promenant dans une foret exotique de Henri Rousseau]

domingo, novembro 02, 2008

(my Holga an i)
[El Hombre Invisible de Salvador Dalí]

quarta-feira, outubro 29, 2008


[The Break in the Clouds de René Magritte]

[Sunflowers de Vincent van Gogh]

sábado, outubro 25, 2008

[Les Baisers de Rodin]

domingo, outubro 19, 2008

my Lomo and I
[Madonna della Melagrana di Sandro Botticelli]

quarta-feira, outubro 08, 2008

sem comentários

sexta-feira, outubro 03, 2008

"A paixão de Amélia"
Oui, je t'aime!

quinta-feira, setembro 11, 2008

porque não vou perder mais tempo com mais porquês

MULTIDÕES = MUTILAÇÕES
e tudo é absurdo e eu sou uma espécie de indigente lúcida e impotente. é como se de repente fosse sugada pelo meu interior.

quinta-feira, julho 03, 2008

my fisheye and I
under time

sábado, junho 28, 2008

sábado, maio 31, 2008

The photo on your wallIs a record of the pastThings you had forgottenThings that couldn't last

Young Marble Giants.Nostalgia

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Quando fazes isto devolves-me a impressão de estar, de repente, num espaço sem luz, cheio de coisas, atulhado de coisas
.......tropeçando nos próprios sapatos, agora gigantes
.......onde me abafa a escuridão.
Não vejo mas sei que existe tudo o que lá está, ampliado, disforme, a avançar, a tolher-me
.......e as mãos a estranharem de repente a distância das coisas que os braços pretendiam mais perto.
E tudo se inverte e está de novo por cima, a esmagar-me, a introduzir-me e a atravessar-me. E suspendo
.......e o espaço comigo dilata, mostra o buraco, o negro denso das coisas de antes que perscruto no vazio e coligo na minha cegueira.

sábado, maio 24, 2008

ATELIER
[e eu
conhecerei eu as tempestades?
e a água dos grandes mares internos?
é o lado escondido das ilhas que amo] Al Berto, in Apresentação da Noite, Assírio & Alvim
(Lomo fisheye, 2008)

domingo, maio 18, 2008


Love Comes in X's like marking ‘em out instead of #’s. I also can't give any love 'cause everyone is dead or I can do this to your house
LIZZI BOUGATSOS
2007
Twelve knives on the wall

segunda-feira, maio 05, 2008


plastic blood
plastic love
SALES - SERVICE - REPAIR

sexta-feira, abril 25, 2008

quinta-feira, abril 24, 2008

quinta-feira, abril 10, 2008




quarta-feira, abril 09, 2008




domingo, março 09, 2008

integral.....só para não me esquecer.....(de ti)

[ultimamente encontro-te perdido de ternura por mim e só me apetece esganar-te. a ti, e às tuas palavras superfulas, furiosas para matizar as minhas habituais incongruências na adoração dos deuses menores. não quero que me contornes o pescoço com consensos ardilosos, nem que me limpes os cantos da boca com tolerâncias pardas. não quero que cauterizes sob o riso e não esperes que o faça. eu sei que não esperas, mas gosto sempre de te avisar e tu gostas que eu te avise. gostamos de fingir que não somos assim. obrigas-me a tecer malhas apertadas e filigranas para adornar-me os dias, um por um, como evidências brutas do interior dos meus olhos. vais lamber-me a pele e inventar interstícios de fogo, para diluir o segredo dos encontros singulares que escondes de mim. voltas com as mãos carregadas de maresia, mas consigo cheirar a tua vergonha, mesmo à distância. fazes sempre por chegar tarde à minha vida; e quando não vens, que horas são?dizes que o que interessa são as tangerinas e os beijos entre beijos. sinto que vamos ficar aqui, anos a fio, sonhos a fio... num movimento imperceptível dentro do casulo rendilhado de murmúrios, a vestir a melíflua armadilha dos animais furtivos. soubesse eu viver dentro de uma saudade que não me devore. tivesse eu lábios para edificar o desconsolo da tua morte. estás prestes a partir e antes que me deixes, vou eu embora. não me adores como se estivesse morta, ama-me de repente.]

......da Ana da Tarte que eu gosto

terça-feira, março 04, 2008

time

Vapi, India, 2008

Santa Maria, Ilha do Sal, 1999

Mindelo, Ilha de São Vicente, 1999



amanhecer em Gujarat
....

Anjar, India, 2008

segunda-feira, março 03, 2008

wedding ceremony
Daman (Damão), India, 2008

sexta-feira, janeiro 04, 2008



“Who could ask for anything more?”
George Gershwin