porque ela é linda
"há mulheres feitas de vento e trapos que inventam as
funções obliquas da luz sobre o ventre primário das palavras.
morrem do avesso com a ternura a aflorar à boca em cada silaba invisível,
sempre que a imaginação caduca e não há previsão para o acaso ou o amor.
deve ser assim que principia a palavra medo:
quando que os dias desaguam no choro, exaustas de correr
com o coração há frente dos próprios passos.
as mulheres esquecidas à margem do poema,
carregam por dentro dos olhos o céu inteiro e é sempre rente
há promessa da palavra mar que encontram todos os consolos,
mas dessas coisas apenas os olhos falam."
ana
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domingo, março 08, 2009
sábado, maio 31, 2008
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Quando fazes isto devolves-me a impressão de estar, de repente, num espaço sem luz, cheio de coisas, atulhado de coisas
.......tropeçando nos próprios sapatos, agora gigantes
.......onde me abafa a escuridão.
Não vejo mas sei que existe tudo o que lá está, ampliado, disforme, a avançar, a tolher-me
.......e as mãos a estranharem de repente a distância das coisas que os braços pretendiam mais perto.
E tudo se inverte e está de novo por cima, a esmagar-me, a introduzir-me e a atravessar-me. E suspendo
.......e o espaço comigo dilata, mostra o buraco, o negro denso das coisas de antes que perscruto no vazio e coligo na minha cegueira.
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