cavo a terra com as garras.
com as pás de metal
removo o chão.
toco as mãos frias e débeis,
intactas.
descubro os braços.
descubro o desejo.
desenterro os sonhos
que permaneceram intactos
as minhas mãos tocam
o corpo frio,
coberto por pedaços de terra ainda húmida.
o meu peito quente envolve o peito imóvel
que os braços apertam e a pele sente.
terra que suja a vida.
chão que encerra a morte.
segunda-feira, junho 19, 2006
o desterrado - "o amor e a morte"
encenado por Sílvia Alves à(s) 21:32
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